John PiPer
Quando os discípulos viram realmente a glória de Cristo e creram nEle, Jesus lhes disse: "Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem" (Mt 13.16). Existe uma obra especial da graça — uma bem-aventurança especial — que muda nosso coração e nos capacita a ver a glória espiritual. Quando Pedro disse a Jesus: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", ele tinha visto a glória de Cristo e crido. A essas palavras Jesus respondeu: "Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus" (Mt 16.16-17).
Era isso que Jesus queria dizer quando falou: "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (Jo 3.3). "O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito" (Jo 3.6). Quando somos nascidos de novo, pelo Espírito de Deus, nosso espírito recebe vida, e nos tornamos capazes de perceber em Cristo a beleza espiritual que autentica a sua pessoa e a sua obra.
VER A GLÓRIA DE CRISTO TEM SEUS ALTOS E BAIXOS
A capacidade espiritual de ver beleza espiritual não é inabalável. Existem altos e baixos em nossa comunhão com Cristo. Há tempos de visões obscuras, especialmente quando o pecado obtêm o controle de nossa vida por algum tempo. "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus" (Mt 5.8). Sim, esta não é uma realidade do tipo "tudo-ou-nada". Existem graus de pureza, assim como existem graus de visão. Somente quando formos aperfeiçoados na era por vir, nossa visão será completamente límpida. "Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido" (1 Co 13.12).
Foi por isso que Paulo orou desta maneira em favor dos crentes de Efeso: "Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder" (Ef 1.17-19). Observe a distinção de Paulo entre os olhos do coração e os olhos da mente. Existe um ver do coração, não apenas um ver da mente. Existe um ver espiritual, e não apenas um ver físico. E aquilo que Paulo desejava intensamente que víssemos espiritualmente era "a esperança" do nosso "chamamento", "a riqueza da glória da herança" de Deus e "a suprema grandeza do poder" dEle. Em outras palavras, o que Paulo quer que vejamos é a realidade espiritual e o valor destas coisas, e não somente fatos concretos que os incrédulos podem ler e repetir. Ver fatos concretos não é o foco da visão espiritual. O ver espiritual é ver coisas espirituais como aquilo que elas realmente são — ou seja, vê-las como belas e valiosas, como elas realmente são.
A PROCLAMAÇÃO MAIS GRACIOSA E o MELHOR DOM DO EVANGELHO
O bem final do evangelho é vermos e experimentarmos o valor e a beleza de Deus. A ira de Deus e nosso pecado obstruem essa visão e esse prazer. Você não pode ver e experimentar a Deus como extre¬mamente satisfatório, enquanto está em plena rebelião contra Ele, que está cheio de ira contra você. A remoção desta ira e desta rebelião é o objetivo do evangelho. O alvo final do evangelho é a manifestação da glória de Deus e a remoção de cada obstáculo que impede que vejamos e experimentemos esta glória como nosso tesouro mais sublime. "Eis aí está o vosso Deus" é a proclamação mais graciosa e o melhor dom do evangelho. Se não O vemos, nem O experimentamos como o nosso maior tesouro, não temos obedecido ao evangelho e crido nele. Existe uma passagem na Bíblia que torna isto ainda mais claro do que todas as outras que já lemos. Consideremos agora esta passagem.
Era isso que Jesus queria dizer quando falou: "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (Jo 3.3). "O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito" (Jo 3.6). Quando somos nascidos de novo, pelo Espírito de Deus, nosso espírito recebe vida, e nos tornamos capazes de perceber em Cristo a beleza espiritual que autentica a sua pessoa e a sua obra.
VER A GLÓRIA DE CRISTO TEM SEUS ALTOS E BAIXOS
A capacidade espiritual de ver beleza espiritual não é inabalável. Existem altos e baixos em nossa comunhão com Cristo. Há tempos de visões obscuras, especialmente quando o pecado obtêm o controle de nossa vida por algum tempo. "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus" (Mt 5.8). Sim, esta não é uma realidade do tipo "tudo-ou-nada". Existem graus de pureza, assim como existem graus de visão. Somente quando formos aperfeiçoados na era por vir, nossa visão será completamente límpida. "Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido" (1 Co 13.12).
Foi por isso que Paulo orou desta maneira em favor dos crentes de Efeso: "Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder" (Ef 1.17-19). Observe a distinção de Paulo entre os olhos do coração e os olhos da mente. Existe um ver do coração, não apenas um ver da mente. Existe um ver espiritual, e não apenas um ver físico. E aquilo que Paulo desejava intensamente que víssemos espiritualmente era "a esperança" do nosso "chamamento", "a riqueza da glória da herança" de Deus e "a suprema grandeza do poder" dEle. Em outras palavras, o que Paulo quer que vejamos é a realidade espiritual e o valor destas coisas, e não somente fatos concretos que os incrédulos podem ler e repetir. Ver fatos concretos não é o foco da visão espiritual. O ver espiritual é ver coisas espirituais como aquilo que elas realmente são — ou seja, vê-las como belas e valiosas, como elas realmente são.
A PROCLAMAÇÃO MAIS GRACIOSA E o MELHOR DOM DO EVANGELHO
O bem final do evangelho é vermos e experimentarmos o valor e a beleza de Deus. A ira de Deus e nosso pecado obstruem essa visão e esse prazer. Você não pode ver e experimentar a Deus como extre¬mamente satisfatório, enquanto está em plena rebelião contra Ele, que está cheio de ira contra você. A remoção desta ira e desta rebelião é o objetivo do evangelho. O alvo final do evangelho é a manifestação da glória de Deus e a remoção de cada obstáculo que impede que vejamos e experimentemos esta glória como nosso tesouro mais sublime. "Eis aí está o vosso Deus" é a proclamação mais graciosa e o melhor dom do evangelho. Se não O vemos, nem O experimentamos como o nosso maior tesouro, não temos obedecido ao evangelho e crido nele. Existe uma passagem na Bíblia que torna isto ainda mais claro do que todas as outras que já lemos. Consideremos agora esta passagem.
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